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Levar os pets pra viajar de avião é um assunto presente em nossas redes sociais. Vira e mexe recebemos perguntas, dúvidas, e percebemos que cada dia mais as pessoas estão querendo levar seus pets nas viagens de avião, porém elas têm medo e também muita dificuldade em encontrar informações.

Nós já passamos por isso com o Armandinho e a Nina, lembro que a primeira viagem com eles de avião foi um frio na barriga até chegarmos ao destino final! Então decidimos ajudar reunindo as principais informações para viajar com seu pet através das companhias aéreas brasileiras! Apertem os cintos e foquem na matéria!!!

 

1. O pet pode viajar na cabine?

Depende. É possível viajar com o pet na cabine, mas existe uma série de regras para que isso seja possível. Normalmente, apenas pets de pequeno porte podem viajar junto ao tutor, pois na cabine eles são acomodados nas caixas de transporte, embaixo das poltronas, ficando assim inviável para animais muito grandes.

Pets que possuem um peso maior que o permitido nas cabines, são transportados na parte inferior da aeronave, chamada de “porão”. Segundo as cias aéreas, esse é um compartimento para animais, seguro e climatizado.

Mas fique atento, para viajar no porão também existe um limite de peso e até restrição de algumas raças que, por diferentes razões, não é recomendado que façam esse tipo de viagem.

Foto reprodução: Sandy Robins

No geral, é limitado o transporte de um pet por pessoa, podendo existir restrições caso o adulto esteja acompanhado por criança menor que 12 anos. Outro detalhe importante é que algumas aeronaves possuem limite de animais por voo, então antes de comprar sua passagem, verifique se aquele voo ainda tem vaga para o seu PET.

Entretanto, existem algumas exceções, como no caso de cães-guia, que podem viajar na cabine, aos pés do tutor, desde que seja informado à companhia com 48h de antecedência ou no ato da compra da passagem, dependendo da companhia.

Quando se trata de cães de assistência emocional, o processo é um pouco mais complicado. Segundo Juliana Stephani, responsável pela Empresa Petfriendly Turismo, que presta serviço de consultoria para transporte aéreo de pets, é necessário entrar na justiça para conseguir a autorização de um juiz.

“As regras das companhias aéreas nacionais e a maioria das internacionais não reconhecem mais o cão de apoio emocional, então quem consegue viajar hoje em dia, é porque entrou na justiça”.

 

Para viajar com o pet na cabine, confira algumas regras das principais companhias aéreas:

 

GOL

Qual o peso máximo permitido? Até 10kg, incluindo o peso da caixa de transporte

Qual a idade mínima? A partir dos 6 meses

Qual a taxa? R$ 250 para voos domésticos e R$ 600 para voos internacionais

 

LATAM

Qual o peso máximo permitido? Até 7kg, incluindo o peso da caixa de transporte

Qual a idade mínima? A partir dos 4 meses

Qual a taxa? R$ 200 para voos domésticos, para outras rotas consultar o site oficial

 

AZUL

Qual o peso máximo permitido? Até 10kg, incluindo o peso da caixa de transporte

Qual a idade mínima? A partir dos 4 meses

Qual a taxa? R$ 250 para voos domésticos, para outras rotas consultar o site oficial

 

Confira as regras para viajar no porão:

 

GOL

Qual o peso máximo permitido? Até 30kg, incluindo o peso da caixa de transporte

Qual a idade mínima? A partir dos 6 meses

Qual a taxa? R$ 850 para voos domésticos e R$ 1.100 para voos internacionais

 

LATAM

Qual o peso máximo permitido? Até 45kg, incluindo o peso da caixa de transporte ou 32kg em voos para Argentina e Europa.

Qual a idade mínima? A partir dos 4 meses

Qual a taxa? Valores entre R$ 500 e R$ 1.572, dependendo do peso do animal e do destino

 

AZUL

A empresa não oferece o serviço de transporte de animais de grande porte no porão.

 

2. Caixa para transporte

Agora está na hora de conhecer as normas para levar o seu pet em uma caixa de transporte adequada. Para melhor acomodação, normalmente é pedido que seja uma caixa resistente, bem ventilada e com tamanho adequado para o animal. Essas caixas são facilmente encontradas em pet shops e lojas especializadas.

Consulte as medidas solicitadas pela companhia aérea que você escolheu e leve à loja as dimensões específicas para não errar na hora de comprar!

Uma dica que dou, se a viagem for feita na cabine, é comprar as caixas feitas de tecido, pois são flexíveis e podem se adaptar melhor ao tamanho exigido se houver qualquer problema.

No entanto, se o animal for transportado no porão, normalmente é exigido que a caixa de transporte seja feita de material rígido e resistente. Além disso, também deve possuir as medidas especificadas por cada companhia aérea.

Na hora de preparar a caixa, forre com um tapete higiênico e coloque alguma manta que seu cachorro esteja habituado para que ele se sinta mais confortável e tranquilo!

 

3. Dicas para adaptar o pet a caixa de transporte

Por questões de segurança, o animal não pode ser tirado da caixa e nem transportado no colo durante o voo, então busque adaptar o seu pet à caixa pelo menos 15 dias antes da viagem.

Para que o bichinho vá se acostumando, você pode deixar a caixa aberta em um ambiente acessível para que ele já conheça o objeto, colocar petiscos dentro dela e até manter o animal dentro da caixa por pequenos períodos para que ele vá se acostumando com o confinamento.

Outra dica é colocar um objeto pessoal do tutor na caixa de transporte, como por exemplo uma camiseta, para que o pet se sinta mais familiarizado e menos ansioso.

Também é recomendado colocar brinquedos ou petiscos dentro da caixa, para que o pet se entretenha durante o caminho, mas escolha uma opção que ele não fique muito agitado durante a viagem e que seja seguro!

Outra dica que sempre dou é deixar o pet bem cansado antes de embarcar. É recomendado fazer um longo passeio, para que ele fique cansado e durma durante o trajeto.

Se sentir que mesmo assim ele ficará estressado e ansioso, utilize medicamentos fitoterápicos, que são naturais e deixam o cãozinho mais relaxado. Também é sempre bom ter algum remédio veterinário para náuseas em mãos, caso seu pet costume ficar enjoado em viagens.

Mas o mais importante de tudo é conhecer muito bem o seu cão, para estar pronto para qualquer situação!

 

4. Documentos e atestados

Com tudo preparado, é preciso separar a papelada do seu bichinho!

Importante lembrar que cada empresa também possui regras próprias e específicas de documentação, então não se esqueça de verificar todos os documentos necessários com a companhia.

Voos nacionais

Para embarcar, é exigido apresentação da carteirinha de vacinação do seu pet, comprovando que as vacinas estão em dia. Além disso, um atestado de saúde, assinado por um veterinário, que deve ser emitido no máximo 10 dias antes da viagem.

Atenção: Se a sua viagem durar um período maior do que a validade do atestado, será necessário apresentar um novo atestado na volta.

Na hora do check-in, geralmente os funcionários da empresa pesam o pet, verificam se o bichinho está bem, e se a caixa está dentro do solicitado. Porém, com base nas nossas viagens com Armandinho e Nina posso dizer que não existe um padrão de protocolo, teve check-in que os funcionários não fizeram nada disso!

Voos internacionais

Em caso de viagens internacionais, é possível que sejam necessários outros documentos, como o Certificado Veterinário Internacional (CVI), que é solicitado pela maioria dos países. O Ministério da Agricultura é o responsável por emitir esse documento.

“De forma geral, para viagens internacionais o tutor precisa preparar o pet pelo menos 6 meses antes da viagem. Microchipagem, vacinação da raiva, sorologia da raiva. Alguns países pedem mais de 1 vacinação da raiva, vacina polivalente (V8 ou V10) para cães e quádrupla para gatos, exames complementares de Leishmaniose, Erliquiose, Babesiose etc. Cada país tem sua especificação”, afirma Juliana Stephani.

 

5. Como solicitar o serviço?

Para solicitar esse tipo de serviço, é preciso seguir os protocolos de cada companhia aérea. Quando viajamos pela GOL, solicitamos a inclusão do Armandinho e da Nina no voo através do site e foi bem fácil e rápido. Já na Latam, tivemos que ligar e falar diretamente com a atendente.

Em algumas companhias aéreas, é possível fazer o transporte do pet sem o tutor, mas em outras esse serviço não está disponível. Então fique atento e escolha a linha que melhor corresponda às suas necessidades.

 

Dica importante: Identifique seu pet com uma tag, plaquinha, coleira que tenha o nome do responsável e telefone de contato, para que em qualquer emergência, seja fácil identificar o pet e encontrar o tutor.

 

Antes de encerrar esse texto, quero deixar aqui registrado que infelizmente o serviço oferecido pra quem viaja com pet ainda precisa melhorar. Não é barato e falta qualidade no serviço, conforto para o pet e para o tutor, segurança, clareza nas informações, padrão de protocolo e no atendimento. Não só das companhias aéreas, mas de tudo que envolve. Os pets estão cada vez mais presentes em nossas vidas e o número de animais domésticos embarcados está crescendo a cada ano. Queremos melhorias e respeito com nossos pets.

Me conta aqui nos comentários se você já levou seu pet em alguma viagem de avião e como foi a experiencia de vocês! Ou se ainda tem dúvidas, deixe aí nos comentários, que faremos de tudo pra ajudá-los.

E não deixe de conferir os vídeos que gravamos para o Youtube sobre viagem de avião:

Viagem de avião com cachorro

Viagem de avião com dois cachorros?

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Revisado por: Marina Camaño

 

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