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Em 2024, o Brasil está enfrentando um cenário preocupante em relação a dengue, que já superou a marca de 2 milhões de casos apenas este ano.

Essa doença, que pode ser fatal para os humanos, também exige atenção sobre os nossos bichinhos. Isso porque, apesar do mosquito Aedes Aegypti não transmitir dengue para os pets, ele ainda é vetor de doenças que podem atingir cães e gatos, como a Dirofilariose.

Para entender mais sobre o assunto, conversamos com a médica veterinária, Jéssica Teixeira, médica veterinária cardiologista do Mitra Cardiologia Veterinária.

 

O que é a Dirofilariose e como ela afeta os cães?

A Dirofilariose, também conhecida como “doença do verme do coração”, é uma zoonose causada pelo nematódeo Dirofilaria immitis. Afeta cães e gatos e apresenta uma evolução crônica que pode levar o animal a óbito. O mosquito se torna infectado após o repasto sanguíneo em um hospedeiro microfilarêmico. Após a picada, as microfilárias seguem para a corrente sanguínea onde migram para o coração e pulmão. No coração, os vermes jovens se desenvolvem na artéria pulmonar do cão e secundariamente no ventrículo direito, viram adultos e liberam microfilárias L1 no sangue. As microfilárias podem permanecer no sangue por até 2 anos e os vermes adultos podem viver no animal por até 7 anos.

 

Sintomas

Os sintomas podem variar de acordo com o estágio da doença. Quando a infecção é recente ou o animal ainda não possui uma carga parasitária muito elevada, podendo ser assintomático. Os animais infectados geralmente desenvolvem a doença de forma lenta e silenciosa e os sintomas podem demorar a aparecer. Em estágios mais avançados da doença, é comum que o animal desenvolva:

  • Tosse
  • Perda de apetite
  • Intolerância ao exercício
  • Dispneia (falta de ar)
  • Perda de peso
  • Síncope (desmaio)
  • Sinais de insuficiência cardíaca como ascite (acúmulo de líquido livre dentro do abdômen)

Nos felinos, a dirofilariose é mais difícil de ser diagnosticada, pois geralmente possuem menor carga parasitária e microfilaremia baixa ou transitória. Nos gatos, pode ocorrer doença respiratória associada à dirofilariose (HARD), que se dá por uma reação inflamatória do tecido pulmonar aos estágios larvais imaturos.

 

Quais os cuidados necessários com um cachorro diagnosticado com Dirofilariose?

É importante realizar visitas periódicas ao seu veterinário para que a doença seja detectada no início. O tratamento é longo e complexo, por isso quanto antes a doença for identificada maiores são as chances de recuperação do pet. A Dirofilariose pode ser diagnosticada pela presença de microfilárias na circulação sanguínea ou por exames de sangue específicos onde são detectadas partículas do verme adulto (antígeno). Alguns exames de rotina podem contribuir para o diagnóstico e prognóstico da doença, como a radiografia torácica e o ecocardiograma.

 

Como proteger os cãezinhos dessa doença?

A prevenção é a melhor maneira para combater a doença e deve ser realizada através do uso de repelentes específicos (coleiras e spot-on) que protejam o pet contra os mosquitos, além do controle do vetor. O veterinário também pode prescrever a administração mensal de medicamentos endoparasiticidas orais ou a aplicação de uma injeção anual, a qual se trata de uma medicação de liberação lenta que pode proteger o pet por até 12 meses, pode ser aplicada em animais acima de 6 meses que tenha um teste de antígeno previamente realizado.

 

Agora um relato pessoal: eu sempre recebo mensagens nas redes sociais do Eu, Você e os Pets, sobre pessoas que vão viajar para lugares com praia e me perguntam qual o remédio para verme no coração eu dou para o Armandinho e a Nina. O que muita gente não sabe é que o protocolo mudou e agora é recomendado dar o remédio aos cães em qualquer lugar que tenha mosquitos, seja na praia, na cidade ou em áreas rurais, para que seu bichinho fique sempre protegido!

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Escrito por: Marina Camaño

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